Arte / FilosofiaDOIS MINUTOS E MEIO ATÉ AS NUVENS Revista CNSetembro / 2020 por CLARICE FREIRE

Sonâmbulo

Dizem ser perigoso acordar um sonâmbulo, pode morrer de susto. Deve ser um pavor desmedido, de fato, descobrir-se outro, em lugar estranho, a um mero chacoalho. Ele mesmo desconhecia quem era, quando saía dormindo. Vivia dormindo. Existia dormente. Só conhecia o produto criado pelos seus devaneios sonâmbulos, irreais, nunca havia despertado. Acreditava na ilusão que via e seu mundo visível era aquele dos devaneios distraídos.



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