Há muito não se via um filme capaz de produzir trilha sonora tão empolgante, que ganhasse vida própria. A linhagem é a mesma das obras de Quentin Tarantino, ou seja, não estamos falando de temas originais, instrumentais, criados sob medida para as cenas e climas. Mas, sim, de trilhas construídas a partir de canções pré-existentes. A genialidade não está na composição, mas no trabalho de curadoria, de escolha das músicas. Claro que a ligação delas com as sequências audiovisuais também é de suma importância, porque ali se dá a catarse do universo pop com o desenrolar dramatúrgico de uma cena. Só para dar um exemplo anedótico: o que seria do casal Di Caprio/Kate Winslet sem a indefectível (e melosa) My Heart Will Go On, na voz de Celine Dion? Ou, se preferir algo mais cult (e tão memorável quanto), lembremos de John Travolta e Uma Thurman ao som de Chucky Berry, You Never Can Tell, em Pulp Fiction (1994)… As referências bem-sucedidas na história do cinema são múltiplas.
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