Aos sete anos recém-completados, minha filha mais velha, Alice, me pediu uma chuteira de presente. Argumentou de maneira sucinta a sua vontade de ostentar o par de calçados do esporte bretão (enquanto meu coração congelava de felicidade): “Eu gosto de futebol”. Quando eu era menino, elas não costumavam vestir chuteiras e declarar amor pelo futebol. Até tinham seus times, vestiam camisas de vez em quando, mas raramente desfrutavam de uma autonomia de opinião nessa área. Poucos eram os casos de meninas que se arriscavam pelo embate franco das notícias boleiras ou mesmo encaravam quadras e campos das escolas públicas e particulares. O futebol, espelho cultural de todo um país, tinha a predominância de um só gênero. Mas já dá para dizer que esse cenário mudou?
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