Fico impressionado com as manifestações de piedade popular que ocorrem Brasil afora durante o período da Quaresma, especialmente por ocasião da Sexta-feira Santa. Para além de músicas, danças e cores, o que me chama a atenção é justamente a fé com que pessoas – sobretudo as mais simples – se entregam a essas manifestações. Em alguns casos, chega a ser comovente. Mas também tenho a sensação de que, dada a simplicidade de compreensão que parece guiar tais manifestações, um observador externo pode ter uma imagem equivocada da fé cristã, a saber, a de que o sofrimento da cruz deva ser celebrado por si mesmo, quase numa perspectiva masoquista ou mágica.
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