Nesta Semana Mundial de Aleitamento Materno, celebrada de 1 a 7 de agosto, funcionários das Nações Unidas destacam a importância vital da prática, que dá para as crianças um saudável começo de vida, e a necessidade de promover políticas de amamentação mais firmes no ambiente de trabalho. O tema deste ano é “Mulheres e trabalho – Vamos fazer dar certo”.
Funcionária da saúde na Etiópia, Elsebeth Aklilu faz uma pausa em seu trabalho de aconselhamento sobre melhores práticas de nutrição, para amamenta seu filho de 10 meses de idade. Foto: Christine Nesbitt/UNICEF
“Sabemos que a amamentação ajuda as crianças a sobreviver e crescer, permitindo que resistam a infecções, fornecendo nutrientes essenciais para o desenvolvimento inicial de seus cérebros e corpos e fortalecendo o vínculo entre mães e seus bebês. Os benefícios da amamentação duram a vida toda”, disse o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake, e a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, em uma declaração conjunta.
Segundo a nota, atualmente apenas 38% das crianças em todo o mundo são exclusivamente amamentadas, até mesmo durante os recomendáveis primeiros seis meses de vida. Um estudo recente descobriu que bebês que foram amamentados por pelo menos um ano ficaram mais tempo na escola, tiveram maior pontuação em testes de inteligência e ganham mais quando adultos do que aquelas que foram amamentadas por apenas um mês.
Apesar do aumento nas taxas de amamentação em todas as regiões do mundo, o progresso global estagnou. A Assembleia Mundial da Saúde estabeleceu uma meta global para aumentar as taxas de amamentação exclusiva para crianças menores de seis meses de idade em pelo menos 50% até 2025.
Atualmente, das cerca de 830 milhões de mulheres trabalhadoras no mundo, a maioria não se beneficia de políticas de trabalho que apoiam mães que amamentam. E este número não inclui as mulheres que possuem emprego informal, sazonal ou de tempo parcial. Isso não é apenas uma perda para as mães que trabalham e seus bebês, é também uma perda para os empregadores. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), reconhecendo esses dados, adotou três convenções para estabelecer medidas de proteção às mulheres grávidas e novas mães, incluindo o direito de continuar amamentando.